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Olá, amigos!
As
duas construções mais frequentes nos emails que recebo são estas:
*Olá, António! Tudo bem?
*Olá António! Tudo bem?
1. A diferença da
vírgula parece mínima, mas… faz toda a diferença! Temos aqui uma fórmula de
saudação em que é usado o meu nome. O que lhe dá realce? Isso mesmo: A VÍRGULA!
2. Sintaticamente,
estamos perante o vocativo. Com
origem no latim vocatīvu, vindo de vocare (chamar), o vocativo indica um apelo, um chamamento, um interpelamento, uma
saudação.
3. Um dos casos,
no vasto universo da “virgulação”, em que colocar vírgula é obrigatório é com o
vocativo. Ela pode estar:
a) Antes: “Olá, António!”
b) Depois: “António, tudo bem contigo?”
c) Antes e
depois: “Olá, António, meu
querido amigo!”
4. No entanto, se
o meu interlocutor juntar ó (interjeição
gostosa!) ao discurso, não há alteração na pontuação. Como diz o Ciberdúvidas, “a interjeição de chamamento
ó é um caso especial, pois ela faz
parte do vocativo. Podemos chamar uma pessoa dizendo apenas o seu nome («Paulo,
chega aqui!») ou juntando a interjeição ó («Ó Paulo, chega aqui!»). Assim, a
seguir a ó não colocamos vírgula,
mas a regra de isolar o vocativo é respeitada.”
Conclusão:
Assim é que deve ser: “Olá, António! Tudo bem?”
Dica: O vocativo é um solitário que não se mistura
com outros segmentos da frase. Isola-se, usando a vírgula como escudo protetor…
Um
abraço e desejo-vos a todos, meus queridos amigos e leitores, um ótimo fim de
semana!
António Pereira.